segunda-feira, junho 25, 2007

...mar...


25 de Novembro de 2006
A 25 de novembro de 1996 lembro-me de olhar ao espelho com o rosto vermelho das lágrimas que me corriam sem parar à horas.
Lembro-me de sair de casa, e ir até à costa e sentar-me a olhar o mar.
E principalmente lembro-me que enquanto escutava o álbum Angel Dust, dos Faith No More, olhar para o mar e prometer a mim mesma que nunca mais iria chorar pela razão que o estava a fazer, que nunca mais me iria lembrar.
Mas como ser humano que sou, o nunca é uma palavra muito forte e demasiado pesada para aguentar.
Como ser humano que sou, recordo e por vezes verto uma lágrima ou outra, sobre um passado que recordo com saudade.
Desde esse dia, o mar, aquele mar, é o meu refúgio nas horas de dor e angústia, é o meu lazer nas horas de diversão e de sorriso.
Quer nos bons quer nos maus momentos, é ele que me abriga.
Pela constante “companhia”, pelas noites em que passei junto a ele a chorar, pelas noites em festa, pelas noites de Peniche, pelas da Praia Grande, pelas da Ericeira, pelas de Mil Fontes, pelas do Algarve, pelos meus amigos que me acompanharam, pelos que me abraçaram, pelos que comigo riram, choraram e tombaram...
No dia 25 de Novembro de 2006, 10 anos após o dia em que cortei o cordão umbilical com o passado, fiz esta tatuagem. Simboliza o mar da minha saudade, da minha sobrevivência e da minha amizade..

(não confundir: esta é japonesa não chinesa; um grande obrigado aos três que me acompanharam neste dia Teresa, companheira até em tatuagens, Norberto, meu companheiro de música e tatuagens, e Hugo, o meu tatuador)