quarta-feira, março 28, 2007

Anda Tudo Louco

Isto pode não parecer nada...mas eu acho que Portugal vai cair e cometer um erro novamente:

Estava eu nas aulas hoje, já agora divulgo que estudo na Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Lisboa, e dirigia-me para a garagem para uma aula de Sociologia (sim temos aulas na garagem dos veiculos, numa "salona" manhosa)quando entro e vejo todo o povo (2 cursos) sentadinho a socializar, pois o professor não tinha chegado, e no quadro escrito bem grande: "VIVA SALAZAR! O Nº1 =)". Bem, para quem me conhece sabe como me senti, para os restantes passo a explicar que a raiva subiu vertiginosamente e a primeira coisa que fiz para além de perceber quem tinha sido o autor de tal vergonha, foi apagar IMEDIATAMENTE aquela anormalidade! Aí surge o meu espanto de a maioria me aplaudir, EMBORA NINGUÉM SE TIVESSE DIGNADO A APAGAR AQUILO! Quando volto ao meu lugar, informam-me que tinham dito aos rapazes para lá ir apagar e nenhum foi...tristeza,por todos os motivos, mas continuando. Atenção agora à atitude de BURRO E IDIOTA CHAPADO do rapaz que teve a infeliz ideia de escrever aquilo:

"QUEM APAGOU AQUILO!?JÁ AGORA ESCREVAM VIVA O ALVARO CUNHAL!". Confesso que na altura não tinha percebido,pois todos estavam a falar comigo, mas quando lhe dizem que tinha sido eu ele chama-me e diz : "Era irónico,mais nada!" .... é óbvio que a raiva voltou, mas serenamente respondi: "Irónico?Diz antes de extremo mau gosto pois são coisas com as quais não devemos brincar". Confesso que me apeteceu dizer-lhe mais qualquer coisinha quando soube qual tinha sido o seu primeiro comentário, pois acho que TODOS nós devemos estar cientes do que Salazar fez e admitir que o que ele fez foi horrível e que é algo que devemos evitar INDEPENDENTEMENTE DE PARTIDOS POLITICOS! Isto a meu ver claro, mas eu sou simplesmente a lerdinha que teve a "coragem" (o que não me parece ser o caso) de ir apagar uma mensagem daquelas, pois apesar de tudo sou coerente e fiel com as minhas ideias e não tenho medo de as demonstrar e contribuo para que o fascismo e as ditaduras sejam e continuem a ser coisas do passado.

Cuidado povo! A extrema direita anda a atacar em força, a recrutar jovens estudantes do ensino superior e não só, os quais acabam por se tornar recrutas (e quantos não serão por intmidação, mas muitos mais são os por livre vontade). A insatisfação actual não é resolvida com ditaduras! Dediquem um pouco de tempo a reflectir sobre esses tempos, dediquem 2 ou 4 horas da vossa vida a ler boas e verdadeiras fontes históricas sobre o fascismo para não perderem ANOS da vossa vida a fugir e com medo de tudo e de todos. Pensem bem...

terça-feira, março 20, 2007

NÓS...OS PORTUGUESES...SOMOS...ASSIM...

"É PARA PENSAR!
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital Humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns. Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta. Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!"

quarta-feira, março 14, 2007

queria tanto...

queria uma orientação assim..precisava mesmo..

quarta-feira, março 07, 2007

Realidade Nua E Crua

Antes deste post final estive a investir tempo num outro que acabou por não vingar pois era muita divagação e pouca mensagem, por isso aqui vai:

JUVENTUDE DEIXEM-SE DE IDEIAS FIXAS E LARGUEM MEDICINA! Óbvio se for realmente o que vocês querem e se acham que vão ter estômago para LIDAR COM SERES HUMANOS que vão precisar da vossa compreensão, apoio e ajuda, assim como os familiares, força....avante! Agora, não me entrem num curso em que vidas dependem das vossas acções por meros estatutos sociais, ms, manias ou porque têm emprego (bem pago) garantido.

Hoje numa aula fomos todos alertados para o facto do erro clínico e como isso nos vai afectar.Sim porque a vida de uma pessoa depende de nós e um diagnóstico falso positivo ou falso negativo traz consequências catastróficas a uma pessoa e isso é um problema nosso porque os profissionais de saúde trabalham para promover qualidade de vida, logo saúde....sim porque saúde não é ausência de doença, é também qualidade de vida e acho que muitos jovens não se apercebem de que tendo em conta esta definição de saúde dada pela OMS (Organização Mundial de Sáude)um profissional de saúde não pode dizer alto e bom som: eu tenho que ser frio e racional!...enganam-se...temos que ser imparciais para que sentimentos não detorpem diagnósticos, trapeûticas e exames clínicos, mas devemos ser humanos para com os pacientes e seus familiares, temos que perceber o lado deles: doença para nós,enquanto pessoa, significa tomar consciência da morte e de que somos meros mortais, e um profissional de saúde pode ser a oportunidade de adiar essa etapa final da vida!
Fomos alertados também para o que vai ser a nossa realidade: vamos lidar com desespero, com a falta de formação superior no mundo da Saúde dos nossos pacientes que leva à angustia de não saber o seu futuro e de não compreender a sua maleita, o sofrimento do paciente e dos familiares,com a morte de pessoas que estiveram aos nossos cuidados....Vamos olhar para o corpo humano de forma diferente pois quem opera ou faz autópsias rotineiramente passa a ter uma visão do corpo muito diferente; vamos lidar com assuntos que alteram indiscutivelmente a nossa forma de ser, pensar e agir; vamos ter que gerir o nosso psicológico quando autopsiamos crianças ou pessoas que morreram de forma violenta. Comentámos também o facto de que os profissionais de saúde serem vistos comos uns alucinados que agem e vêem o mundo de maneira estranha...o que referi até agora nestes parágrafo é justificação para tal. (mais uma vez sublinho que tal não é razão para desrespeitar pacientes)

No meio de tanta palavra, articulada assim como me veio ao pensamento, penso que a mensagem é clara: os profissionais de saúde têm uma missão dificil que por vezes pode criar obstáculos à sua vida/personalidade...mas nós não nos podemos importar com isso pois a nossa recompensa tem que ser a promoção de qualidade de vida aos nossos pacientes.
Para que conste e citando um professor meu, Dt.Francisco Carvalho, "esta mensagem não é só para os médicos...é para todos os profissionais de saúde, quer sejam médicos, enfermeiros, técnicos,psicólogos, auxiliares, assistentes sociais...enfim todos eles"

terça-feira, março 06, 2007

...

Recebo a newsletter da AnAnAnA, uma editora / loja de música, localizada no Bairro Alto e que muito aprecio. Para além das novidades musicais que nos mostram e de disponibilizarem excertos dos diversos albuns (ainda que apenas alguns segundos), para conseguirmos nos ambiantar às sonoridades, cada introdução a uma nova newsletter tem uma postura de inconformidade e de tentaiva de marcar uma posição na nossa (não) sociedade.

Após um jantar de ontem, recheado de tentivas (frustadas ou não, logo se verá) da minha amiguinha / maninha me fazer entender o que sou, encontro esta introdução na newsletter desta semana.

"O ano prossegue a ritmo lento, os ciclos repetem-se - a CML continua a mesma desgraça, o Bairro Alto a deteriorar-se, a OPA sobra a PT não ata nem desata, Paulo Portas regressa à política -, e nada (!) de novo há a referir, apenas o mesmo rame rame a que já nos vamos acomodando. É aí que reside o problema, porque deixando de acreditar na mudança, vamos baixando os braços, sem reacção ou forças para tal... Não vemos saída ao fundo do túnel, ou então, como já diziam os Whitey "the light at the end of the tunnel is a train". Mas pronto, temos a Primavera à porta e sempre nos poderemos contentar com o bom tempo que aí vem.(...)"