Lar
Tenho que dar continuidade ao post da miriam pois o sentimento é o mesmo nos últimos tempos...
Sinto saudades das raízes e de tudo à volta delas...cada dia que passa invejo os meus conterrâneos manteiguenses que moram numa terra fantástica em que o tempo chega e até sobeja. Adoro Manteigas nesta altura do ano em que o céu é de mistério e deprimente, o frio nos toca nos lábios e as ruas estão desertas ocupadas apenas por naturais e não por turistas ou visitantes...é a altura mais genuína da Serra e de toda a vila e eu pouco aproveito esta época que tanto adoro e com a qual me identifico.
Perdi o meu sotaque...o ódio que isso me dá...não vos passa pela cabeça. O sotaque volta em todo o seu esplendor após uma semana de convívio com os avós, tios e primos e permanece durante algum tempo, mas Lisboa tem a capacidade de o apagar. Dava o dedo mindinho para ter sempre presente e bem marcado aquele sotaque fechado em que o português adquire uma musicalidade única e volta em certas ocasiões a ser o português falado por Fernando Pessoa ou Ramalho Ortigão, com expressões antigas e construções gramaticais trabalhadas ao gosto da década de 70.
A ausência da linha do horizonte que é preenchida pelo contorno alto da Serra que tantas vezes é responsável pelo elevado número de depressões e suícidios da zona faz-me falta para acalmar o espírito, alinhar energias e ponderar a vida. O cafézinho em que todos se conhecem, os apelidos das famílias, o passar na rua e ser cumprimentado por toda a gente sem excepção .... tudo aquilo!

Sinto saudades das raízes e de tudo à volta delas...cada dia que passa invejo os meus conterrâneos manteiguenses que moram numa terra fantástica em que o tempo chega e até sobeja. Adoro Manteigas nesta altura do ano em que o céu é de mistério e deprimente, o frio nos toca nos lábios e as ruas estão desertas ocupadas apenas por naturais e não por turistas ou visitantes...é a altura mais genuína da Serra e de toda a vila e eu pouco aproveito esta época que tanto adoro e com a qual me identifico.
Perdi o meu sotaque...o ódio que isso me dá...não vos passa pela cabeça. O sotaque volta em todo o seu esplendor após uma semana de convívio com os avós, tios e primos e permanece durante algum tempo, mas Lisboa tem a capacidade de o apagar. Dava o dedo mindinho para ter sempre presente e bem marcado aquele sotaque fechado em que o português adquire uma musicalidade única e volta em certas ocasiões a ser o português falado por Fernando Pessoa ou Ramalho Ortigão, com expressões antigas e construções gramaticais trabalhadas ao gosto da década de 70.
A ausência da linha do horizonte que é preenchida pelo contorno alto da Serra que tantas vezes é responsável pelo elevado número de depressões e suícidios da zona faz-me falta para acalmar o espírito, alinhar energias e ponderar a vida. O cafézinho em que todos se conhecem, os apelidos das famílias, o passar na rua e ser cumprimentado por toda a gente sem excepção .... tudo aquilo!

1 Comments:
Até para quem que não é de lá (como eu), aquela serra e a sua envolvência entrenha-se na alma e dela nunca mais sai...
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